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Marca Páginas – Jack, o Estripador – A Verdadeira história, 120 anos depois de Paulo Schmidt

Se você não conhece a história de Jack, o Estripador sugiro que antes de ler o texto dê uma passadinha na Wikipédia, que seja, e leia sobre o caso. O não conhecimento de quem foi Jack implicara no não entendimento deste post. Mas, para aqueles que não tem tempo para ir até a Wikipedia e ler o artigo completo vou explicar, mais ou menos, quem foi Jack, the Ripper.

Jack, o Estripador (ou Jack, the Ripper) foi um serial killer que atuou em Londres no ano de 1888, no East End, na região the Whitechapel. Suas vitimas foram, todas, prostitutas, quais ele, segundo relatos, degolava e posteriormente abria seus corpos para retirar alguns órgãos. Devido o conhecimento cirúrgico muitos suspeitam que O Estripador tenha sido um médico ou alguém com um razoável conhecimento anatômico. O caso de Jack, o Estripador é extremamente famoso porque o assassino nunca foi descoberto. Até hoje ele é considerado o maior, no ramo, mesmo o número de vítimas sendo muito inferior que o de alguns outros serial killers, Jack se tornou uma lenda por nunca ter sido pego.

Como dizia Jack, o Estripador: vamos por partes” essa é a primeira frase que você irá ler no livro Jack, o Estripador – A Verdadeira história, 120 anos depois de Paulo Schmidt. Depois ele discorre sobre os registros que nós, brasileiros, temos do ‘desconhecido mais conhecido no mundo’; Schmidt introduz o livro ao leitor, explicando sua base investigativa e critica, na cara de pau, os escritores chamados estripadorologistas que distorcem os fatos para puxar a sardinha para o seu ‘favorito’ à identidade de Jack; depois disso ele deixa claro, ao leitor, que não apresentará os seus suspeitos, mas sim todos os suspeitos que surgiram ao longo da história, e que dará a nós todos os dados recolhidos, sem manipulações. Promessa que foi cumprida por Schmidt.

Não pense que lendo esse livro você irá descobrir quem foi o pai de todos os serial killers porque isso não acontece, na verdade o livro de Paulo Schmidt só piora a situação, em um momento você tem certeza que foi o fulano e na página seguinte você esta convicto que foi o beltrano. Isso acontece porque Schmidt nos expõe os suspeitos de uma maneira muito clara. Primeiro ele fala o porque tal pessoa poderia ser considerada culpada e praticamente prova para o leitor que foi aquele cara, na página seguinte ele dá os motivos do porque seria impossível ser esse cara. Tenso, né?

O livro de Paulo Schmidt é dividido em três partes, são elas:

Os fatos: Nos são apresentadas as vítimas, como viviam, onde viviam, o que faziam, os crimes, quando começaram, os detalhes, quais as partes mutiladas de cada vitima, possível causa da morte, como a Scotland Yard lidou com o caso, na época, quem eram os investigadores envolvidos, as provas (arquivadas ou não), as cartas enviadas a polícia, a participação de detetives amadores e fala do papel da imprensa no desenrolar do caso.

o Homem – elefante.

Os Suspeitos: Primeiro é esboçado um perfil, depois Paulo nos apresenta o Memorando Macnaghten, um dos, senão o mais, importante documento de todo o caso de Jack o Estripador. Posteriormente o escritor lista os vinte principais suspeitos do caso e, como eu disse anteriormente, ele praticamente prova, e depois desfaz, a identidade de cada um deles como Jack, the Ripper. No fim desta divisão Schmidt nos apresenta os Suspeitos Insuspeitos que são as pessoas que, na época, foram consideradas suspeitas mas que era impossível o acometimento dos crimes por eles, um exemplo de suspeito insuspeito foi o Homem- Elefante.

Cento e Vinte Anos Depois: Paulo Schmidt nos conta sobre o Legado Sangrento de Jack e qual sua repercussão ao redor do mundo; nos apresenta, também, quais as principais obras relacionadas à Jack na ficção, seja em filmes ou livros.

O que eu tenho pra falar, sobre esse livro, pra vocês é: LEIAM!!!
O livro é muito bom, uma linha investigativa excelente e esclarecedora. Óbvio que você não vai terminar o livro com a certeza de quem foi Jack no entanto é uma obra que dá um ponto de partida para aqueles que tenham curiosidade em saber a história desse famoso, porém desconhecido, assassino.

Quero que fique claro que, ao contrário de muitos livros por aí, a obra de Paulo Schmidt não é romanceada, ou seja, não vai ter casalzinho ou fantasia no meio da história. São fatos, e só.

Lembro que quando comprei esse livro, em 2008, eu estava (para variar) com meu pai e ele, assim como eu, ficou entusiasmado com a minha mais nova aquisição e, enquanto voltávamos para casa, ele foi me explicando quem foi Jack, o Estripador, porque ele é tão famoso, qual o contexto que ele atuou etc., ou seja, eu tive a sorte de ter uma enciclopédia ali do meu lado que já me adiantou o trabalho (que vocês terão na Wikipédia) e a medida que ele ia narrando eu fui me interessando cada vez mais, pela história, chegou num ponto de eu não saber mais se a história que eu estava ouvindo, e prestes a ler, era real ou uma ficção muito bem feita. Essa impressão que eu tive, tenho certeza, é a mesma que vocês terão ao ler o livro. Os fatos são tão bem expostos e a história é tão irreal, ainda mais por ele nunca ter sido pego, que você tem a necessidade de ficar lembrando que aquilo aconteceu.

A obra de Schmidt é muito envolvente, a partir do momento que se começa a ler não da mais pra parar, perdi as contas de quantas vezes eu voltei para as páginas das fotografias dos corpos para tentar ver um detalhe que tenha passado despercebido pelo mundo e que me revelasse a identidade do assassino… infelizmente isso não aconteceu.

É claro que se você nunca ouviu falar de Jack, o Estripador você ainda poderá ler o livro sem problema algum, porém é interessante você chegar com um conhecimento prévio do ocorrido, nem que ele seja desmontado, é bom porque você se situa melhor no livro.

Por se tratar de uma obra investigativa eu não posso ficar falando dos capítulos pra vocês, sem discorrer, antes, uma longa explicação sobre cada personagem ou elemento novo na narrativa. Por isso, vou me limitar a assegurar que a obra vale muito a pena ser lida e que, após vocês lerem isso irá se tornar um dos tópicos preferidos de conversa.

Sério galera, vocês podem achar meio macabro, mas se eu estiver conversando com alguém e ficar meio sem assunto, pra dar fim ao problema é só a pessoa enveredar para o lado do Jack, o Estripador, que rende muito tópico. Eu gostei muito do livro do Paulo Schmidt e não olho mais na cara de uma pessoa por ela ter tentado afaná-lo.

Recomendo muito essa leitura por ela te dar uma base muito sólida sobre a história de Jack, o Estripador e te apresentar os suspeitos imparcialmente, para que você decida, ou não, o seu ‘favorito’.

The Ten Bells

Uma das, que eu achei, melhores partes do livro é quando Schmidt comenta do papel da imprensa no caso Jack, o Estripador. Percebemos o quão importante e, as vezes, incômodo pode ser a especulação da mídia.

Antes de finalizar quero deixar aqui a expressão de um desejo e, talvez, um convite: um passeio pelo Ripper Walk¹, em Londres e, depois, uma bebida no Ten Bells².

Se alguém se interessar pela história, do Jack, o Estripador, eu sugiro esse site aqui. É em inglês, mas não é impossível de se ler, na verdade é bem tranquilo.

E, caso queira, ter um gostinho do livro, acesse esse link, que ele irá, automaticamente abrir as primeiras vinte e cinco páginas da obra. E se quiser comprar, tem na Saraiva.

Obs.: não vou postar foto de gente morta aqui, mas se você quiser ver as fotos das vitimas, tem no livro, explicando os cortes e tals ou é só digitar no google imagens.

( ¹ Ripper Walk é uma turnê pelos locais dos assassinatos cometidos pelo criminoso, com custo médio de cinco libras por cabeça porém os locais dos crimes não foram preservados intactos. ² Um dos poucos lugares conservados é o pub Ten Bells, na rua Commercial, freqüentado outrora por pelo menos uma vítima de Jack, senão pelo próprio)

 
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Publicado por em agosto 7, 2012 em Livros

 

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