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Marca Páginas – Sócrates e Jesus: O debate de Peter Kreeft

O que aconteceria se o filósofo Sócrates surgisse hoje no campus da Universidade de Harvard e se matriculasse no curso de Teologia? O que ele diria do progresso humano que aconteceu desde sua época? Como reagiria aos nossos valores? À nossa cultura? O que o ateniense sapientíssimo diria de Jesus?

Filósofo cristão e admirador do Sócrates histórico, Peter Kreeft compôs nesta obra um enredo intrigante com os dois homens mais influentes que já existiram — Sócrates e Jesus — e, conseqüentemente, entre os dois principais segmentos da civilização Ocidental: a cultura bíblica (judaico-cristã) e a clássica (greco-romana).

Com maestria, o autor foi bem-sucedido na representação pictórica da razão em busca da verdade. E o final é surpreendente!”

 

Resolvi escrever sobre esse livro porque numa das minhas postagens anteriores eu ma gabei que estava lendo ele.

Eu admito que achei bem interessante a maneira como Peter Kreeft tentou montar a história mas achei muita besteira ele tentar direcionar o leitor a acreditar naquilo que ele acredita.

Algumas ideias que ele usa ao longo do livro, realmente, são de Sócrates… no entanto Kreeft fez uma coisa muito feia que nenhum escritor deve fazer. Ele manipulou as ideias socráticas para, meio que, comprovar suas crenças pessoais.

Eu comecei a ler esse livro achando que iria encontrar um discussão inteligente sobre como o filósofo grego iria encarar a religião cristã. Como poderia ser seu primeiro contato com ela, porém o que eu encontrei foi um discurso autoritário e evangelizador.

Autoritário porque ele utiliza do prestigio e autoridade do filósofo grego Sócrates para dar fundamento e uma base sólida para o livro e evangelizador porque a todo momento ele tenta provar a nós, leitores, a santidade de Jesus Cristo.

Acredito que ele tem todo o direito de defender o seu peixe e tentar fazer o máximo possível de pessoas acreditar em uma santidade, um ser superior porém achei errado ele usar a imagem do filósofo para expressar esse desejo. Ele coloca as opiniões dele na boca de Sócrates.

 

Apesar de ter me decepcionado com a leitura há alguns pontos positivos ao longo do livro. Eu, particularmente, gostei muito da parte que Sócrates pergunta o porque Jesus é considerado santo e e ele não visto que ambos tiveram um curso de vida razoavelmente parecido. Ambos viveram o que ensinavam, ambos exaltavam os valores da liberdade de expressão e ajudar o próximo, ambos eram humildes etc. Achei essa discussão muito interessante e me fez ponderar sobre tal assunto por um bom tempo.

A resenha diz que o final é surpreendente, eu não achei. Assim como acredito que qualquer ser pensante, provido de inteligencia mediana será capaz de “adivinhar” o final do livro em pouco tempo de leitura, é só prestar atenção nos personagens, eles foram colocados de maneira muito obvia na história para que o final nos surpreenda.

Vale a pena a leitura? Vale, até porque é um livro bem curto. Deve esperar algo a mais do livro? Não, eu duvido muito que a leitura desse exemplar irá transformar você em alguém melhor ou trazer uma grande revelação para sua vida.

A leitura é interessante a título de curiosidade e para discutir sobre ela depois; é um livro de entretenimento não de filosofia ou coisa parecida.

 
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Publicado por em outubro 9, 2012 em Livros

 

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